terça-feira, 14 de julho de 2009

Hereditariedade física e social

Olá amigos vamos discutir essas duas questões e ver o quanto somos donos dos nossos atos ou se somos guiados muitas vezes por impulsos gerados pela hereditariedade.

Esses dois fatores constituem as principais forças que controlam os homens na civilização, na hereditariedade física estão as marcas que carregamos como cor dos olhos, da pele, tipo do corpo o funcionamento dos órgãos vitais e até algumas doenças são reflexos fixos, que não podemos mexer, resultado de anos de transformação evolucionária, mas a parte mais importante do que somos é resultado da hereditariedade social que é adquirida do ambiente em que vivemos e da educação recebida na infância.

A nossa concepção religiosa, econômica, política, social e filosófica e outras questões de natureza semelhante, inclusive a guerra de um país ou a que travamos com alguém é resultado das forças dominadoras da nossa educação e do ambiente que vivemos.

Eu conheço bem essa questão que vou dizer. O Protestante é protestante em virtude da primeira educação que recebeu e o católico é católico pelo mesmo motivo. Digo isso porque cresci em uma família de protestantes e desde criança eu ia a igreja aos domingos querendo ou não, pela minha vontade ou contra. Isso influenciou minha crença e minha personalidade de forma positiva e negativa, explicarei melhor mais abaixo.

Mas o que quero dizer é que a religião que um indivíduo professa é resultado da educação religiosa que vai dos 4 aos 14 anos de idade, salvo algumas exceções, imposta pelos pais ou pelos que dirigem sua vida. É tão certo isso que podemos ver em um texto bíblico o seguinte versículo: Ensina o teu filho no caminho que deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele.

A raiz que carregamos sempre fica forte e dificilmente iremos conseguir quebrar. Vou dar um exemplo meu, fui criado como já disse em uma família de protestante e hoje sou Kardecista, isso para alguns é um choque, mas que no estudo e na essência é a mesma coisa, eu ainda carregado as lembrança da minha crença de infância e costumes dos dogmas da igreja, as vezes me pego rotulando coisas que não tem no Kardecismo e existem nas igrejas prostestantes, consequência da hereditariedade social.

Nas questões positivas foi muito importante eu ter recebido um ensinamento religioso, ele é fundamental para os princípios que destinamos na vida, a questão negativa estava sempre relacionada aos questionamento da doutrina, que sempre era motivo de discordia em alguns pontos e muita polêmica.

As principais crenças de uma pessoa são as que lhe foram impostas ou as que ela absorveu, voluntariamente, sob condições altamente emocionais, num período em que sua mente estava receptiva.

Na hereditariedade social podemos ver o quanto somos influenciados pelos outros, vejam alguns exemplos: Quando estamos em época de copa do mundo o brasileiro é todo patriota, ama seu país, fica alegre e sofre com suas emoções. Agora veja quando é época de eleição. Como se comporta o sentimento do povo Brasileiro? Sempre com desconfiança, porque ensinaram e doutrinaram o povo para isso, o pior de tudo é que passamos de pai para filho, estamos vivendo isso em tudo, no futebol, na igreja, na política e no convívio social.

Os EUA é um exemplo em questões de manipulação social , eles conhecem tão bem essa questão que presenciamos claramente isso, lembram da guerra do Iraque? Sabíamos mais sobre ela do que o povo americano, a imprensa maquiava tudo em favor da América. Vejam o que eles ensinam aos seus jovens, a lutarem por seus ideais, lembram do discurso do Barak Obama? “O EUA é o que é não porque é uma potência mundial, mas sim por seus ideais, Yes We Can!

Então pessoal, vocês já sabem: existem 3 grandes forças organizadas por meio do qual opera a hereditariedade social e são elas: As escolas, as igrejas e a imprensa. Quando essas 3 trabalham juntas elas mudam e fazem histórias em qualquer civilização. Plantam a paz, a guerra, a discórdia e a concórdia.

Fizeram a Alemanha gritar o mundo através de um ótimo orador maligno, cruel, fizeram-nos acreditar que em nosso país só existem políticos corruptos, fizeram nossos jovens sair as ruas com suas caras pintadas e hoje lotam suas igrejas com promessas manipuladoras emocionais, enquanto que deveriam defender a bandeira da união e justiça.

Citei estes exemplos de forma mais ampla, mas quantas vezes não agimos de forma espontânea com uma pessoa de forma negativa e quando passa algum tempo vemos que fizemos algo que não deveríamos? Isso é conseqüência da hereditariedade social, e nós como líderes precisamos estar bem atentos para não cometermos atos indesejáveis.

2 comentários:

Review de Produto disse...

Perfeito o texto, muito bom parabéns.

Consuelo disse...

Prezado Leone, cheguei a seu texto por meio do Facebook de Alexandre Magalhães. Gostei bastante de saber, um pouco sobre estas hereditariedades, que revelam que os seres humanos são assujeitados a estes ideias. Mas se adultos, estes teriam uma suposta liberdade de escolha, ou de seguír ou não as convenções, religiões, etc. Digo que é uma suposta liberdade, porque também, os seres humanos são operados pelo inconsciente. Atos, palavras, pensamentos, que se apresentam nas pessoas , a revelia da razão e que, normalmente não querem saber do subjetivo. Enquanto as pessoas estão indo razoavelmente bem na vida, não questionam se estão sendo o orgulho ou o "ovelha negra" da família, mas quando atitudes, palavras destroem laços amorosos, ou laços familiares,ou relações profissionais, é que este mesmo questiona:" o que em mim, fez isto?" Cabem a estes, nestes mal-estares subjetivos, buscarem um deciframento de idéias, atitudes, que se apresentam como um estranho nas pessoas. Obs; não falo de espírito, etc.
Os excessos de ideias das hereditariedades ou de identificações inconscientes, ou oposições excessivas, podem ser desastrosos e hora merecem elaborações. O processo psicanalítico possibilita desatar do desejo de um Super Eu( passado, dogmático, autoritário) resultando nos analisandos, tornarem-se seres humano mais desejantes. Mais em dia, com seus limites e vontadoes.
Abraço, parabéns. Consuelo M Escudero, psicanalista, Curitiba, con.c@uol.com.br

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